terça-feira, 6 de agosto de 2013

Mulheres são monitoradas eletronicamente na Arábia Saudita

Sessão Vale Reprise
Matéria originalmente publicada em 24 de novembro de 2012

Arábia Saudita implementa sistema de rastreamento nas mulheres



Após perderem o direito de viajar sem o consentimento de seus homens responsáveis e serem proibidas de dirigir, as mulheres na Arábia Saudita agora estão sendo monitoradas por um sistema eletrônico que controla qualquer movimento transfronteiriço.

A partir da semana passada, os responsáveis pelas mulheres começaram a receber mensagens de textos informando quando as mulheres sob sua custódia deixam o país, independentemente se estejam ou não viajando juntos.

“As autoridades estão usando a tecnologia para monitorar as mulheres”, disse o colunista Badriya al-Bishr, que criticou o “estado de escravidão em que mulheres são mantidas” na monarquia ultraconservadora.

As mulheres não estão autorizadas a deixar o país sem autorização dos homens responsáveis, os quais devem dar seu consentimento ao assinar o que é conhecido como a “folha amarela”, no aeroporto ou na fronteira.

O movimento das autoridades sauditas foi rapidamente condenado por meio do serviço social Twitter, com os críticos zombando da decisão polêmica.

A Arábia Saudita aplica uma estrita interpretação da sharia, ou lei islâmica, e é o único país do mundo onde as mulheres não podem dirigir.

O país impõe regras rígidas que regem a mistura entre os sexos, enquanto as mulheres são obrigadas a usar um véu e um manto preto, ou abaya, que as cobre da cabeça aos pés, exceto as mãos e rostos.

Saudita é condenada a dez chibatadas por dirigir

Um tribunal da Arábia Saudita condenou uma mulher a receber dez chibatadas por desrespeitar a lei interna que proíbe mulheres de dirigirem, segundo relatou a rede britânica BBC nesta terça-feira. A condenada, identificada apenas por Shema, foi considerada culpada por dirigir na cidade de Jeddah em julho deste ano. [Limbotech]

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