Se beber, não durma!

OK, você pega no sono rapidinho depois de algumas tacinhas. Só que os "bons drink" exterminam a qualidade do seu descanso, sabia disso? Entenda aqui por quê.

VAI BEBER?

Não importa quão mara seja o vinho do jantar. O ideal é parar de bebé-lo pelo menos três horas antes de dormir. É que apesar de o álcool ter efeito sedativo, o que faz você "desmaiar" na cama rapidamente, ele prejudica a qualidade do sono REM, que é o mais pesado da noite e também o da beleza! Outro motivo para você largar o copo mesmo que o barman seja  o mais lindo ever: segundo uma pesquisa da Universidade de Michigan (EUA), as mulheres são mais fracas para bebida. Não, não tem nada a ver com ficar mais ou menos alegrinha na happy hour. A verdade é que a gente metaboliza o álcool depressa, fazendo com que o efeito relaxante do drinque passe logo, e o sono fique leve. Isso também explica a insônia mental, um fenômeno bem conhecido de quem bebe todas e acorda no dia seguinte achando que é supertarde, mais ainda são 7h da matina.

DURANTE A NOITE

Além de evitar uma ressaca moral, temos outra boa razão para não levar para casa o cara que conheceu bebaça na balada: seu ronco, amiga. E nem tente dizer que desse mal você não sofre! Quando dormimos alcoolizadas, os músculos da faringe relaxam e o ronco acontece seguido de pequenas paradas respiratórias  que nem sempre são percebidas, conhecidas como apneias. "Isso provoca queda de oxigenação no cérebro e libertação de adrenalina. Nessa brincadeira, o sono fica ainda leve e faz com que a gente acorde com muita facilidade", explica Marcelo Jorge de Souza Leão Andrade, pneumologista especialista em medicina do sono, em SP. As bebidinhas da noite anterior também influenciam nos sonhos, uma vez que o álcool aumenta a intensidade e a lembrança deles, facilitando inclusive os pesadelos, ui!

E NO DIA SEGUINTE...

Atire o primeiro Engov quem nunca soltou um "nunca mais vou beber" depois de uma noitada daquelas. Por conta da interferência na qualidade do sono, o dia seguinte é difícil... "Você tende a ficar mais cansada, desatenta, esquecida e, por causa do aumento dos hormônios do estresse, irritada", explica Henrique Suplicy, endocrinologista e professor da UFPR, em Curitiba (PR). Isso sem contar a dor de cabeça que parece não ter fim e o fato de o excesso de álcool irritar o intestino, prejudicando a absorção dos alimentos e causando diar.. bom, você entendeu. A cura? Não existe. O que pode amenizar o mal-estar é beber muita água, o que ajuda na hidratação, e comer brócolis. Antes de fazer cara feia, saiba que o vegetal é rico em cisteína, aminoácido que ajuda na eliminação da toxina etanal. Portanto, vale superar o enjoo e mandar ver.